O comércio exterior sergipano nos tempos do coronavírus.
Em 2020 um novo vírus oriundo da China abalou o mundo inteiro, conhecido por COVID-19- popularmente chamado de coronavírus-, causando milhares de mortes e desestabilizando a economia global, de forma que em março deste ano a OMC decretou estado de pandemia global. Ao chegar no Brasil- segundo o Estadão (2020), já em janeiro de 2020-, se propagou de início e com maior intensidade nos estados sudeste brasileiro. Em Sergipe os casos começaram a aparecer por volta da terceira semana do mês de março, crescendo exponencialmente desde então. Como forma de contenção e prevenção do contágio, os governos dos estados brasileiros aderiram à auto quarentena, de modo que o comércio foi fechado e boa parte da população foi liberada de seus trabalhos para se isolarem em suas habitações, o que impactou não apenas na economia local e nacional como também no comércio exterior do país.
As consequências dessa pandemia no comércio exterior sergipano já são perceptíveis, visto que no mês de março as exportações sergipanas tiveram uma queda de 4,4% se comparadas com o mesmo período no ano anterior, equivalente a -238,7 mil dólares. Quanto às importações nesse mês, tiveram uma queda de 44,1% se comparadas com o mesmo período no ano anterior, equivalente a -12,2 milhões de dólares.
Das exportações sergipanas em março de 2020, o destino que teve maior variação absoluta negativa foi a Bélgica, com -629.525,0 mil de dólares (exclusivamente de suco de laranja), e o destino que teve maior variação absoluta positiva foi a Holanda, com 856.31,0 mil dólares (majoritariamente de suco de laranja de NCM/SH – 2009.11.00). No que concerne às importações de março deste ano, a origem que teve maior variação absoluta negativa foi o Reino Unido, com -18.114.497,0 milhões de dólares (quase que exclusivamente de tubos flexíveis de NCM/SH – 83071090), enquanto que a origem que teve maior variação absoluta positiva foi a Argentina, com 2.540.703,0 milhões de dólares (exclusivamente de trigo de NCM/SH – 10019900).
Contudo, esse impacto no comércio exterior de Sergipe não é um caso único e isolado, ele é consequência dos resultados comerciais brasileiros, visto que as exportações brasileiras vem despencando desde o começo da pandemia (VEJA, 2020), devido às instabilidades das bolsas de valores, alta do dólar, entraves e escassez devido à situação chinesa Alguns fatores que influenciam nesse abalo são as instabilidades das bolsas de valores, os atrasos e estagnação dos transportes logísticos e a situação chinesa frente ao vírus (já que é considerada o principal parceiro comercial do Brasil).
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Referências
APEX-BRASIL. Coronavírus (COVID 19): Comércio Brasil-Mundo. Disponível em: http://www.apexbrasil.com.br/inteligenciaMercado/indicadores. Acesso em: 26 abr. 2020.
ESTADÃO. Primeiro caso da covid-19 no Brasil é do fim de janeiro, diz Ministério da Saúde. Disponível em: https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,primeiro-caso-da-covid-19-no-brasil-e-do-fim-de-janeiro-diz-ministerio-da-saude,70003258394. Acesso em: 26 abr. 2020.
VEJA. Coronavírus: Pandemia faz exportações brasileiras despencarem. Disponível em: https://veja.abril.com.br/economia/coronavirus-pandemia-faz-exportacoes-brasileiras-despencarem/. Acesso em: 26 abr. 2020.